sexta-feira, 29 de outubro de 2010

É O AMOR


Para um homem falar de seus amores não é fácil. Homem gasta conversa e fala com ânimo de coisas superficiais, como churrasco, casos de polícia, do trabalho e do seu time. Rasgar a fantasia e deixar alguém perceber o que está dentro dele, só por Deus mesmo. E é por Ele que esta crônica está diante dos seus olhos. Portanto, peço licença para falar de um relacionamento que tenho tido há alguns anos.

o foi amor à primeira vista, posso lhe garantir. O sentimento veio quando decidi ter afeição por ela, mas não foi nos primeiros dias. No início, havia um interesse de fazer parte da vida dela, desfrutando de suas virtudes. Nessa época, ela não me conhecia. Isso aconteceu aos poucos, através de outros que já se relacionavam com ela.

Mas, veio o dia que assumimos um compromisso. E dessa vez, comecei diferente de como foi com as outras. Acho que por causa da idade, ou do receio de não ter outra oportunidade, decidi mudar. Nos relacionamentos antigos, eu já começava cheio dos “nãos” - não vai durar 5 anos, não preciso me entregar, não dá pra agüentar muito. Afinal, pensava: - Hoje os valores são diferentes, não precisa ser como era no tempo do meu pai, ou de meu avô.

Sei que corro o risco de ser criticado no final destas linhas, mas eu decidi querer o bem, e me orgulhar dela. Não que ela seja perfeita ou a melhor de todas, entretanto foi criada, e se mantêm sobre princípios firmes e retos, que não se vê muito hoje em dia nas outras.

Mas, nem tudo são flores. Confesso que já pensei em deixá-la, e quem sabe, ela um dia não queira mais me ter também. Mas enquanto durar, que seja intenso, de molhar a camisa. Só assim vale a pena. Não quero que seja só pelo dinheiro, na base do toma lá, dá cá. Pois quando acabar, acaba mal, com cicatrizes.

Como diz a canção dos dois filhos de Francisco: “é o amor, que mexe com minha cabeça e me deixa assim”. Acredito que essa seja a melhor forma de fazer parte da história dela. É claro que, nem se compara com o amor que tenho por minha esposa e filhas, mas aprendi a querer bem e valorizar a empresa que trabalho.