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Metamorfose |
A mudança da “cozinha abóbora” para uma “cozinha carruagem” começou quando uma nova faxineira passou a cuidar daquele lugar. Pouco depois que ela chegou ocorreu a seguinte cena:
Num gesto leve e rápido da moça, três bibelôs saem da sua bolsa e são postos no alto do armário de produtos de limpeza. O armário com cara de objeto de hospital ganhou um acolhedor toque de móvel da casa de vovó, exibindo os bibelôs sobre uma toalha de crochê azul. Depois disso, o móvel perdeu a aparência apática e deu um tom humano ao canto que ocupa. Mas não parou por aí a metamorfose da cozinha.
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Fada Sininho |
Convive ao meu lado, naquela cozinha, a química que empresas como Google e Facebook buscam para dar ao ambiente de trabalho a sensação de extensão da casa. A promessa que isso aumenta a produtividade dos funcionários cativa a atenção do mundo corporativo. Mas como toda moda tem seus exageros, recentemente confundi fotos dos escritórios destas empresas com imagens de bazares do tipo tem tudo. Excessos à parte, coisa gostosa são estes espaços de trabalho com clima de lar.
Acredito que alguns respingos da criação relatada em Gênesis devem ter caído sobre a moça da faxina. Caiu de graça, para que de graça, quem passa pela cozinha assista um talento que acontece fora dos palcos e ateliers, e por enquanto, longe das bilionárias Google e Facebook.
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Escritórios do Facebook e da Google |
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Alguns detalhes da cozinha de Sininho |
Gostei da crônica Heron! Como sempre, sensível ao que acontece ao seu redor, enxergando os detalhes. Parabéns à Sininho que trouxe um novo ambiente! Nami
ResponderExcluirBom dia Heron...
ResponderExcluirÓtima sua observação, preciso conhecer este espaço encantador que comenta.
Outro detalhe, queria lhe dar uma sugestão para suas crônicas, uma vez que ela reflete o nosso dia a dia.
Sempre me chama atenção o dia 05 e o dia 20. Nesses dias, quando passo pela rua principal de Pompéia vindo de Tupã para Jacto, acho muito interessante o pessoal parando suas bicicletas, motos, carros e até mesmo a pé em frente aos bancos para sacar o dim dim tão suado do pagamento.
É de se pensar né...
Abraço,
Eudi Ramos
Que sempre exista pessoas como a moça da faxina e como o Heron, que tornam o mundo mais belo com seu trabalho e sua arte.
ResponderExcluirHeron, obrigado por esta crônica inspiradora. Um abraço!
Davi